Desde que a indústria da moda tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos e bloguers, que a publicidade que as marcas fazem tem sofrido um grave aumento na sua agressividade. E, falo em agressividade porque elas utilizam assuntos na ordem política e até sensíveis à grande maioria para nos chocar.
Ao chocar, tem tempo de antena. E eles querem é que se fale delas, seja bem ou mal porque como já dizia alguém:" bem ou mal eu quero é que falem de mim!". Pois, mas isso tem muito que se lhe diga.
Quem se lembra da entrevista da nossa bloguer Pepa para a campanha de Natal da Samsung, que por ferir susceptibilidades por estarmos a passar graves carências econômicas, pediu uma mala Chanel, passando por fútil, a marca retirou todos e quaisquer vídeos?
Outra campanha que deu que falar mas que claramente é a imagem da marca, Benetton, em que grandes figuras políticas, de artes e até o Papa Bento XVI se beijavam? E essa nem foi das que chocou mais, pelo menos pelo lado negativo.
De facto e cada vez mais a imaginação das agências de publicidade parecem só querer chocar e chamar a atenção das pessoas pelo lado negativo e não enaltecer as marcas pelos produtos mas por situações em que as pessoas sofrem.
E tudo isto é um ciclo vicioso porque basta uma fazer um gênero de publicidade assim para depois todas as outras quererem chocar e, sempre pelas piores razões.
Tudo isto vem de encontro a um artigo que saiu este mês numa revista de moda na Rússia, em que se vê claramente na foto uma mulher branca de fez e cabelo loiro sentada numa cadeira com a forma de uma mulher negra vestida com trajes íntimos.
A pessoa responsável pela foto é nada mais nada menos que a bloguer Miroslava Duma, que tem um crescente número de fãs seguidores do seu blog.
O que é certo é que a própria já se veio desculpar pela imagem na sua conta do Instagram em que diz que não era a sua intenção menosprezar qualquer raça e que gosta de todas as cores e feitios.
Certo é que a imagem não é nada favorecedora, seja pelo próprio artista que quis que ela tivesse mesmo essas compleições (Allen Jones, artista pop britânico).
A meu ver, num mundo em que as diferenças são ressaltadas e dignas de grandes feitos, neste caso foi uma terrível escolha da editora e uma ainda pior do artista. É de muito mau tom e na moda, isso não pode acontecer.
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