Quando a morte acontece no Dia das bruxas

Não falo de morte de pessoa, mas de um animal. O meu cookie.
O meu cookie era um animalzinho branquinho de pêlo macio e suave e uns olhos grandes vermelhos. O cookie era o meu ratinho de laboratório pequenino.
Para quem não sabe o que é amar, seja de que forma for, não compreende o meu sentimento ao vê-lo prostrado de olhinhos fechados deitado na sua caminha de lã biológica...
Era um doce de rato. Mesmo um doce. Só me conheceu a mim e ao meu filho e nunca foi agressivo. Era enérgico. Era fofo. Era meigo. Era o cookie.
Quando o meu namorado depois de saber da notícia me disse para arranjar outro eu, disse-lhe que os meus animais não são substituíveis... Não que daqui a alguns anos não volte a pensar em ter outro, mas não assim... De um dia para o outro... Não assim... Como quem não lhe deu valor nestes 6 meses que esteve connosco. Os animais como as pessoas não são substituíveis... Podem abrir ou não caminho para futuros, mas não assim... De um dia para o outro.
Adeus cookie.
Hoje terás um funeral. Iremos te entregar a terra. Apesar de seres um rato, um rato minúsculo, eras o cookie. O nosso cookie.




Para minimizar o choque, prefiro pensar que devido à nova lei dos animais que a ministra quer fazer sair, que o cookie quis se sacrificar pelos outros 4 animais que tenho, para não os virem buscar...
Assim terá honras de estado no funeral pois foi a primeira vítima conhecida dessa lei.


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